10 junho, 2009

AIR FRANCE - Um banquete para a imprensa marrom Brasileira

A imprensa do Brasil, de novo, nos oferece um espetáculo de horrores, transformou a tragédia pessoal de muitos num show público. O que se mostra na imprensa marrom é uma avalanche de notícias desencontradas, não-confirmadas e vulgarmente manipuladas para não perder o toque de sensacionalismo barato e costumeiro.

O acidente com o avião da Air France tem que ter uma explicação, tem que ser investigado. Entretanto, não é este o único esforço de enormes equipes, que se auto-intitulam jornalistas sérios. É tanta pauta que sobrou até para uma Ana Maria Braga entrevistar GROSSEIRAMENTE especialistas sobre aviação e engenharia aeronáutica.

O que adianta noticiar que havia um casal em lua de mel no avião? De que vale para a busca dos fatos saber que um dos passageiros tinha medo de voar? O jornalismo marrom exibe cada detalhe de carniça sensacionalista para ávidos leitores, hipnotizados pelo misticismo e pela esperança de um desfecho miraculoso.

Ai sempre aparece alguém que deveria ter embarcado no vôo, mas de última hora desistiu e torna-se um iluminado, alguém recebeu um sinal, e a imprensa entrevista, tira fotos, conta a história inteira.  Outro personagem típico que vira notícia é um vidente, pai de santo, curandeiro, entidade demoníaca ou paranormal que previu tudo, mandou carta para Deus e o mundo, mas só divulgou depois. Mas isso da Ibope, acesso, causa interesse de tudo mundo, então é noticiado.

Quando não é assim, o que aparece são jornalistas fazendo das tripas coração pra entender laudos técnicos e não dar vexame ou ficar repetindo termos como grooving, reversor ou transponder, entre outros repetidos de maneira vazia e enfadonha no passado.

E tem mais, uma notícia a todos que esperam pela famigerada lista de passageiros: a França não permite que se "espetacularize" uma notícia. Cada uma das famílias é acionada individualmente e, em geral, opta por não vincular o nome da vítima ao acidente. Lá, a imprensa respeita (ou é obrigada a respeitar) cada uma das famílias e amigos, que não podem ser importunados, tomar microfonada na cara, etc. Como a empresa é francesa, assim como uma boa parte das vítimas deste vôo, investiga-se lá na 'França' e respeita-se as regras de lá.

Se alguém mencionar algum tipo de lei para fazer o mesmo aqui no Brasil, com certeza vai ter que ouvir muita ladainha sobre censura, ditadura e liberdade de imprensa. Me desculpem os colegas blogueiros, eu prefiro o bom senso.
Olá Sobre Jeferson Silva:
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