Mulheres reunidas, música e dançarinos com trajes sensuais. Os ingredientes são convidativos não? E sabe onde foi esta festinha animada? Não, não foi em um cabaré. Foi dentro da Câmara de vereadores da cidade de Redenção no Pará.
"Aqui é lugar de leis, é um lugar de responsabilidade", diz uma funcionária da Câmara.
"Dá muita vergonha, eu estou muito decepcionado e envergonhado", diz um homem.
Nas ruas de Redenção não se fala em outra coisa. Os moradores estão envergonhados.
"Strip-tease que fizeram na casa, ai senhor, é horrível demais. A casa de vereadores do município, o presidente autorizar uma coisa dessas, é horrível", opina uma senhora.
"Tem muitos amigos em outros estados que pela internet perguntam o que aconteceu? Fazendo chacota da nossa cara dizendo que o trem agora virou a casa da mãe Joana", reclama um homem.
A lambança foi no domingo, dia 19 de abril. O plenário da casa legislativa foi emprestado para um "congresso de cabeleireiros". As bandeiras do estado do Pará, do Brasil e do município estavam estendidas quando começa a brincadeira.
Algumas mulheres são convidadas a participar. Com os olhos vendados e um gole de uma saborosa bebida misteriosa. Tudo pronto pra iniciar o puteiro!
A mulher que apresentou o evento era Lília. Localizada por telefone no interior de Tocantins, Lília tenta explicar:
"Aquilo era brincadeira, aquilo dentro de lá era suco de pêssego, era brincadeira. Isso em evento de beleza sempre tem. Agora, a infelicidade, foi de nós... Eu nem sabia que na Câmara não podia ficar sem camisa".
E confirmou que o evento era para promover cosméticos.
"A gente está para vender. A gente faz o evento para vender pros cabeleireiros".
O pedido para usar o plenário foi feito pela cabeleireira Anália Xavier de Godoy, dona de um salão.
"Eu não vou expô-la de jeito nenhum. Ela não quer se expor, não vou forçar", diz Jefferson Carneiro, marido de Anália.
Segundo o presidente em exercício, João Lúcio, do PPS, uma sindicância foi aberta para apurar o caso.
"Nós vamos entrar com um pedido judicial para que ela esclareça, porque quando ela solicitou não estava prevista essa apresentação de excessos que prejudicaram a imagem da instituição", disse João Lúcio.
"O que aconteceu na Câmara Municipal de Redenção é proibido pela Constituição Federal. A Constituição não permite que se use bem público que não seja para finalidade de bem público. Então o que aconteceu na Câmara de Redenção, além de imoral, é passível de punição", explica Ângela Sales, presidente da OAB-PA.
bom eu participei e estou pagando caro por esta palhaçada
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